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4 de mai. de 2011

Nossas mães...

Pessoal esse mês vou aproveitar o ''Dia das Mães'' e falar bastante sobre elas ''nossas mães''.
Além de filha, hoje sou mãe...portanto o prazer e a empolgação será redobrada....rs.
Gostaria de poder diariamente escrever um post homenageando a todas as mamães, mas como sei que será meio impossível de eu o fazer, começarei hoje a publicar algumas mensagens...Sem número exato para isso...Vou publicando aquelas que recebi e gostei,  e outras de minha autoria!
O que é bom temos que compartilhar não é mesmo???


Mães...  Por Alexandre Pelegi*
 
Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva – foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão… Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho “mãe” se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado “avó”. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla…
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar… Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade… 
*Escrevi essa crônica em 11 de março de 2008, um dia após a morte de Ignês Pelegi de Abreu, minha mãe. Naquela época eu não tive condições de ler o texto no ar, no que fui socorrido pelo meu amigo Irineu Toledo. Hoje, um ano após sua morte, repito essa crônica em homenagem não só a ela, como a todas as mães que habitam o céu

PS:Não sei...se a vida é curta ou longa demais para nós.Mas devemos amar as pessoas enquanto ela está por aqui, temos que amá-las sempre!
Nunca saberemos quando ela, nossa mãe,  vai querer partir...
O vazio que fica, nunca conseguiremos preencher...
Para quem ainda tem ao seu lado, não espere ela partir para lhe dar amor...
Um dia você vai descobrir que talvez a pessoa que mais lhe amou nessa vida, foi ela.
E para quem já não a tem mais ao seu lado, feche os olhos e faça uma prece.
Agradeça a Deus pela vida que teve ao lado dela.
Ficou algo pendente, alguma culpa...conte tudo, tudo a Deus, e peça a ele para que te perdoe.
Guarde todas as suas lembranças no mais precisoso baú.
Onde ela estiver, Deus lhe dará o recado....

Dedicatória especial: 
Querida avó e mãezona Dolores José Maria Carratú, amo-te tantooooo, chega a doer....amo-te do fundo do meu coração....tanto tempo sem você ao meu lado, quantas saudades meu Deus!!!!
...Mas nossas lembranças juntas continuam vivas em meu coração, você, meu exemplo de amor, carinho, dedicação, fortaleza...quantas benfeitorias me fez e sei que me faz até hoje!
Quero que saiba que com teu exemplo de vida e de amor é que irei criar meu filho Nicolas, e com a permissão de Deus peço a ele que me capacite a cada dia com os seus dons, para que eu represente ao meu filho pelo menos o mínimo que você foi  e é para mim...Terei a absoluta certeza que estarei no caminho certo, pois você sempre será a melhor e a única! Te amo  e te amarei eternamente!!!!
Sua neta, Mônica.

1 comentários:

Sempre tive muito orgulho de ter três avós (meu pai tem mãe de sangue e adotiva), que ainda tenho inclusive, e mais ainda de ter conhecido minhas bisavós, lembro que toda orgulhosa falava da minha bisavó ainda viva para minhas amigas da escola. Deixam saudades e lembranças gostosas mesmo. Linda sua vozinha Mo! Bjs, Tati.

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